segunda-feira, julho 19, 2004

Descobri que gosto mesmo da poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen. Descobri que já gostava, só não sabia que eram dela as palavras que apreciava.

Não se perdeu nenhuma coisa em mim.
 
Não se perdeu nenhuma coisa em mim.
Continuam as noites e os poentes
Que escorreram na casa e no jardim,
Continuam as vozes diferentes
Que intactas no meu ser estão suspensas.
Trago o terror e trago a claridade,
E através de todas as presenças
Caminho para a única unidade.