quarta-feira, maio 18, 2005

Hoje rejeita a facilidade

Durante muito tempo ela desejou uma vida normal. Só uma vida normal. Durante muito tempo sofreu por tudo na vida dela ser diferente, difícil, obscuro, intrincado, confuso.
Sempre, quase sempre. Pelas pessoas que se atravessaram na sua vida, pelos acontecimentos, pelo fluir aos socalcos de uma vida descontinuada.
Durante muito tempo foi critica feroz, perseverante e imperturbável de todas as suas acções. Exigiu apenas a perfeição que sempre lhe impuseram.
Durante muito tempo foi assim…
Hoje rejeita a facilidade, abandonou o desejo da normalidade, do devir consequente e coerente. Compreendeu que a vida dela é esta. Não é uma vida vulgar, nada é fácil, simples, claro, até justo. Mas é a vida dela, não é pior nem melhor do que outra vida qualquer, é apenas a vida que vive.
A rejeição da facilidade complica-lhe os dias, tortura-lhe os minutos, enreda-lhe os segundos. Seja.
Seja pela via mais sinuosa, pelo caminho mais longo, pelo terreno mais acidentado. Sempre. Seja pelo percurso de tentar perdoar-se por não ser perfeita, por não ter uma vida acabada, por não poder ser o tudo.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

E o amanhã? Como Vai ser?

10:33 da manhã  

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