A LUA é minha
Vim buscar um copo de leite e bolinhos de canela. A avó veio atrás de mim, até ao quintal:
-Lavaste as mãos?
-Avó não tenho tempo, não me interrompas!!!
Voltei atrás, dei-lhe um beijo e regressei ao meu projecto…
Tenho estado o dia todo aqui fora ao sol, está calor… O tempo continua abafado, mas o quintal da avó Carolina é fresco, rodeado de árvores altas. Um achado. Entra-se ali e nem parece que estamos no centro de Lisboa.
Estou a construir uma Arca de Noé.
Bem, começou por ser uma Arca… agora é uma Nave….. Um foguetão que me vai levar à Lua… O António e o Sebastião não acreditaram e não me emprestaram a mala nova repleta de ferramentas reluzentes, lindas, com cabo de madeira vermelha. Não faz mal, também não os levo para a lua. Não levo. Está dito!
O avô Joaquim ajuda-me.
Ele disse que mal chegasse do trabalho vinha brincar comigo. È tão engraçado o avô. Pensa que vamos brincar. Mas este é um trabalho muito sério, quase científico.
Está tudo aqui, agora é só encaixar, montar e ao fim do dia já devo ter a minha nave…. VAI FICAR LINDA…
Tenho peças da mota velha do namorado da Isabel, da máquina de costura da tia Etelvina, do secador da Rosa, plasticina colorida e um carrinho de pedais. Tesouros que eu guardei no baú da casinha do jardim. Desde que correu a notícia no bairro têm sido todos tão gentis… chamam-me e oferecem-me sempre peças maravilhosas, máquinas avariadas, ferros de engomar que não funcionam, telefonias antigas….eu levo tudo. Podem fazer-me falta.
Eu sei que eles estão conscientes que eu vou para a Lua, e sei também que ficam um bocadinho tristes por não irem também….
Já passaram muitas horas e a minha Nave está quase pronta….
Quando eu estiver na Lua logo à noite, vou dizer adeus ao António e ao Sebastião, vou sorrir para a avó Carolina e vou trazer uma pedrinha para o avô Joaquim.
Quando eu chegar à lua vou olhar para trás e ver o mundo pequenino….
Quando eu chegar à Lua vou falar com o sol e com as estrelas, mas agora…. agora vou jantar e dormir porque estou tão cansada!!!!
Vim buscar um copo de leite e bolinhos de canela. A avó veio atrás de mim, até ao quintal:
-Lavaste as mãos?
-Avó não tenho tempo, não me interrompas!!!
Voltei atrás, dei-lhe um beijo e regressei ao meu projecto…
Tenho estado o dia todo aqui fora ao sol, está calor… O tempo continua abafado, mas o quintal da avó Carolina é fresco, rodeado de árvores altas. Um achado. Entra-se ali e nem parece que estamos no centro de Lisboa.
Estou a construir uma Arca de Noé.
Bem, começou por ser uma Arca… agora é uma Nave….. Um foguetão que me vai levar à Lua… O António e o Sebastião não acreditaram e não me emprestaram a mala nova repleta de ferramentas reluzentes, lindas, com cabo de madeira vermelha. Não faz mal, também não os levo para a lua. Não levo. Está dito!
O avô Joaquim ajuda-me.
Ele disse que mal chegasse do trabalho vinha brincar comigo. È tão engraçado o avô. Pensa que vamos brincar. Mas este é um trabalho muito sério, quase científico.
Está tudo aqui, agora é só encaixar, montar e ao fim do dia já devo ter a minha nave…. VAI FICAR LINDA…
Tenho peças da mota velha do namorado da Isabel, da máquina de costura da tia Etelvina, do secador da Rosa, plasticina colorida e um carrinho de pedais. Tesouros que eu guardei no baú da casinha do jardim. Desde que correu a notícia no bairro têm sido todos tão gentis… chamam-me e oferecem-me sempre peças maravilhosas, máquinas avariadas, ferros de engomar que não funcionam, telefonias antigas….eu levo tudo. Podem fazer-me falta.
Eu sei que eles estão conscientes que eu vou para a Lua, e sei também que ficam um bocadinho tristes por não irem também….
Já passaram muitas horas e a minha Nave está quase pronta….
Quando eu estiver na Lua logo à noite, vou dizer adeus ao António e ao Sebastião, vou sorrir para a avó Carolina e vou trazer uma pedrinha para o avô Joaquim.
Quando eu chegar à lua vou olhar para trás e ver o mundo pequenino….
Quando eu chegar à Lua vou falar com o sol e com as estrelas, mas agora…. agora vou jantar e dormir porque estou tão cansada!!!!
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