Cinco anos
Já foi há cinco anos. Faz amanhã cinco anos que partimos ou que chegámos… Chegámos aqui, tão longe, tão alto, tão fundo… como nunca imaginámos quando começámos o caminho. Há cinco anos que vivemos em lado nenhum. Um dia, por ti, por mim, por nós, saímos. Fintámos o politicamente correcto, os deveres e as obrigações da sociedade e tudo o que se esperava de nós e fomos. Fomos em busca de um viver intenso, diferente, real, mais nosso. Não deixámos a vida em suspenso, a vida veio connosco. Está aqui.
Vivemos cada dia, construímos a cada etapa esta vida que escolhemos. Cresci nestes cinco anos. Crescemos. Gostas de dizer que estamos hoje mais próximos do que alguma vez estivemos. Somos uma só identidade com opiniões, gostos, quereres e desejos às vezes diferentes, às vezes iguais, mas a nossa escolha foi um só destino.
Fomos aos locais mais estranhos, mais longínquos, fugimos do turismo, do esperado, do habitual. Vivemos a vida de quem nos acolheu, sentimos na pele as necessidades de quem nos abriu a porta, entrámos em palácios, dormimos em palhotas, vestimos bordados e veludos, dançámos com saias coloridas. Estivemos nas montanhas mais altas, nas praias mais bonitas, nas cidades mais comuns, nas florestais mais preservadas, nas aldeias mais pequenas. Vivemos entre o inverno glaciar e o verão africano. Mas vivemos. A caminho do mundo, o nosso caminho mudou também. Agora já nada será como antes e se calhar ainda bem…Hoje dá-me prazer escrever/descrevermos as nossas viagens, a duas mãos (a minha e a tua), a dois sentires e, é nessas histórias que nos revemos e que mostramos aos outros a vida que também pode ser vivida, longe do sítio onde nascemos, longe da luz que nos viu crescer, mas perto de onde estamos em casa.
Sempre quis poder escrever. (Ser escritora como é comum classificar na lista das profissões. E-s-c-r-i-t-o-r-a, uma palavra bonita, completa, mas tão importante, tão séria, tão acima do comum dos mortais que me coíbo de utilizá-la...).
Sempre quis poder escrever. Poder escrever o que sinto e o que vivo, mas só porque o tivesse vivido mesmo, mas só porque de facto houvesse essa riqueza para contar e partilhar. E para chegar/chegarmos aqui foi preciso encher-me com o mundo que me rodeia, com o mundo que os outros vivem, com o mundo que apesar de não ser meu, é o mundo real.
E já foi há cinco anos. Faz amanhã cinco anos que partimos.
Já foi há cinco anos. Faz amanhã cinco anos que partimos ou que chegámos… Chegámos aqui, tão longe, tão alto, tão fundo… como nunca imaginámos quando começámos o caminho. Há cinco anos que vivemos em lado nenhum. Um dia, por ti, por mim, por nós, saímos. Fintámos o politicamente correcto, os deveres e as obrigações da sociedade e tudo o que se esperava de nós e fomos. Fomos em busca de um viver intenso, diferente, real, mais nosso. Não deixámos a vida em suspenso, a vida veio connosco. Está aqui.
Vivemos cada dia, construímos a cada etapa esta vida que escolhemos. Cresci nestes cinco anos. Crescemos. Gostas de dizer que estamos hoje mais próximos do que alguma vez estivemos. Somos uma só identidade com opiniões, gostos, quereres e desejos às vezes diferentes, às vezes iguais, mas a nossa escolha foi um só destino.
Fomos aos locais mais estranhos, mais longínquos, fugimos do turismo, do esperado, do habitual. Vivemos a vida de quem nos acolheu, sentimos na pele as necessidades de quem nos abriu a porta, entrámos em palácios, dormimos em palhotas, vestimos bordados e veludos, dançámos com saias coloridas. Estivemos nas montanhas mais altas, nas praias mais bonitas, nas cidades mais comuns, nas florestais mais preservadas, nas aldeias mais pequenas. Vivemos entre o inverno glaciar e o verão africano. Mas vivemos. A caminho do mundo, o nosso caminho mudou também. Agora já nada será como antes e se calhar ainda bem…Hoje dá-me prazer escrever/descrevermos as nossas viagens, a duas mãos (a minha e a tua), a dois sentires e, é nessas histórias que nos revemos e que mostramos aos outros a vida que também pode ser vivida, longe do sítio onde nascemos, longe da luz que nos viu crescer, mas perto de onde estamos em casa.
Sempre quis poder escrever. (Ser escritora como é comum classificar na lista das profissões. E-s-c-r-i-t-o-r-a, uma palavra bonita, completa, mas tão importante, tão séria, tão acima do comum dos mortais que me coíbo de utilizá-la...).
Sempre quis poder escrever. Poder escrever o que sinto e o que vivo, mas só porque o tivesse vivido mesmo, mas só porque de facto houvesse essa riqueza para contar e partilhar. E para chegar/chegarmos aqui foi preciso encher-me com o mundo que me rodeia, com o mundo que os outros vivem, com o mundo que apesar de não ser meu, é o mundo real.
E já foi há cinco anos. Faz amanhã cinco anos que partimos.
2 Comments:
E tu que escreves tão bem... Com as tuas palavras vivo emoções e sentimentos como se fossem meus. Transponho-me e revejo-me em (quase)tudo...
Peço-te: CONTINUA, SIMPLESMENTE!
Fica, fica, que eu contigo irei ficar...
Beijoca
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