Na espuma dos dias
Descobri finalmente.
O tempo foge-me todos os dias. Há anos que isto me acontece. O tempo voa, esvai-se entre os meus dedos, deixando-me uma sensação de desconforto, de impotência e frustração. Olho para trás e são já muitos os meses, os dias, as horas que deixei lá longe, sem possibilidade de os reaver.
Preocupava-me esta consciência.
Apercebi-me no entanto, que este sentir é partilhado por quase todos os que habitam a vida neste século XXI, exceptuando talvez as crianças.
Regressando ao passado, ao meu tempo de criança, lembro-me do passar vagaroso dos dias, das longas férias de Verão, de Natal, de Páscoa. Dias e dias sem planos feitos, descobertos ao sabor das aventuras que surgiam inesperadamente e que se prolongavam pela noite fora, nas ruas. Não passava os dias cá dentro como hoje. Havia sempre luz, sol, ar, barulho, gente, muita gente.
Actualmente, os dias passam iguais, ou quase, os meses parecidos, as semanas similares, as vidas de todos muito próximas, pouco há que detenha o tempo, que marque a diferença, que cristalize o momento. Não se valorizam os nadas, os tudos, as marcas que agarram os segundos, obrigando-os a passar devagar.
É esta repetição que está a matar os dias.
Basta!
Carpe Diem
Descobri finalmente.
O tempo foge-me todos os dias. Há anos que isto me acontece. O tempo voa, esvai-se entre os meus dedos, deixando-me uma sensação de desconforto, de impotência e frustração. Olho para trás e são já muitos os meses, os dias, as horas que deixei lá longe, sem possibilidade de os reaver.
Preocupava-me esta consciência.
Apercebi-me no entanto, que este sentir é partilhado por quase todos os que habitam a vida neste século XXI, exceptuando talvez as crianças.
Regressando ao passado, ao meu tempo de criança, lembro-me do passar vagaroso dos dias, das longas férias de Verão, de Natal, de Páscoa. Dias e dias sem planos feitos, descobertos ao sabor das aventuras que surgiam inesperadamente e que se prolongavam pela noite fora, nas ruas. Não passava os dias cá dentro como hoje. Havia sempre luz, sol, ar, barulho, gente, muita gente.
Actualmente, os dias passam iguais, ou quase, os meses parecidos, as semanas similares, as vidas de todos muito próximas, pouco há que detenha o tempo, que marque a diferença, que cristalize o momento. Não se valorizam os nadas, os tudos, as marcas que agarram os segundos, obrigando-os a passar devagar.
É esta repetição que está a matar os dias.
Basta!
Carpe Diem
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