Amigos
Lembrei-me do dia em que me disseste que gostavas de mim. Falávamos animadamente há horas, aliás como acontecia sempre. Mudaste de repente de assunto, olhaste-me fixamente e disseste.
Amo-te!
Eu já adivinhava mas, mesmo assim, surpreendi-me. Desejei-o durante muito tempo, mas depois ao sabê-lo fiquei inquieta. Estávamos naquele café junto ao jardim. Para mim será sempre o nosso café, nunca mais lá fui, nunca lá levei mais ninguém. Foi lá que tivemos longas conversas antes e depois. Foi lá que me despedi de ti.
Naquele dia estavas calmo, eu especialmente alegre, depois fiquei calada. Sem saber o que dizer. Falámos mais tarde sobre o futuro, decidimos juntos o que fazer.
Não abri a porta, não facilitei cenários. Não podia. Tu sabes.
Depois fui ao teu casamento.
Foi uma festa triste. Não sei se a tristeza estava em mim. Mas nesse dia não sorriste, não me abraçaste, não me apertaste contra ti, não brincaste com o meu cabelo.
No dia do teu casamento cheguei cedo a casa.
Não te vi durante muito tempo. Sabia de ti, sabia que sabias de mim. Mas não fiz qualquer esforço para te reencontrar.
Esta semana voltei a ver-te no casamento da Cristina. Estás na mesma. Os teus filhos são uma delicia.
Conseguimos ficar sozinhos algum tempo. Percebi que nos fazia falta. Senti a velha cumplicidade como se nunca nos tivéssemos afastado, senti o prazer de estar perto de ti, de sentir o teu cheiro, o teu toque, o teu beijo. Dançámos. Cheguei tarde a casa no dia do casamento da Cristina. Cheguei feliz. Somos amigos outra vez.
Lembrei-me do dia em que me disseste que gostavas de mim. Falávamos animadamente há horas, aliás como acontecia sempre. Mudaste de repente de assunto, olhaste-me fixamente e disseste.
Amo-te!
Eu já adivinhava mas, mesmo assim, surpreendi-me. Desejei-o durante muito tempo, mas depois ao sabê-lo fiquei inquieta. Estávamos naquele café junto ao jardim. Para mim será sempre o nosso café, nunca mais lá fui, nunca lá levei mais ninguém. Foi lá que tivemos longas conversas antes e depois. Foi lá que me despedi de ti.
Naquele dia estavas calmo, eu especialmente alegre, depois fiquei calada. Sem saber o que dizer. Falámos mais tarde sobre o futuro, decidimos juntos o que fazer.
Não abri a porta, não facilitei cenários. Não podia. Tu sabes.
Depois fui ao teu casamento.
Foi uma festa triste. Não sei se a tristeza estava em mim. Mas nesse dia não sorriste, não me abraçaste, não me apertaste contra ti, não brincaste com o meu cabelo.
No dia do teu casamento cheguei cedo a casa.
Não te vi durante muito tempo. Sabia de ti, sabia que sabias de mim. Mas não fiz qualquer esforço para te reencontrar.
Esta semana voltei a ver-te no casamento da Cristina. Estás na mesma. Os teus filhos são uma delicia.
Conseguimos ficar sozinhos algum tempo. Percebi que nos fazia falta. Senti a velha cumplicidade como se nunca nos tivéssemos afastado, senti o prazer de estar perto de ti, de sentir o teu cheiro, o teu toque, o teu beijo. Dançámos. Cheguei tarde a casa no dia do casamento da Cristina. Cheguei feliz. Somos amigos outra vez.
1 Comments:
É incrível conseguirmos alterar os nossos sentimentos até aceitarmos o confronto com a nossa realidade...
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