quinta-feira, junho 28, 2007

Car-me-sim



Às vezes.
Às vezes enquanto leio apaixono-me pelas palavras.
Carmesim é o meu amor mais recente.
Car-me-sim.
Carmesim de nudez ousada, de pele morna, de aroma suave.
Carmesim de pôr-do-sol no deserto, de rubro, vermelho, fogo.
De uma Índia que invento, de histórias antigas de coloniais Jóias da Coroa, de mundos perdidos.
Carmesim de pele corada, de pensamentos ardentes e sentires ofegantes.
De brasa que queima, de flores ao vento, de tardes de Verão.
Carmesim de respiração afogueada, de corações acelerados, de sangue quente, de combustão de corpos, de paixão declarada.
Car-me-sim de falsa inocência, de pureza incerta.
De labaredas. De carne. De vida