sábado, fevereiro 09, 2019

Conta-me histórias #2 - How I Met You


How I Met You. Não há aqui assunto para uma série. Desafiaste-me e eu num dos meus acessos de “dizeroquemevanarealgana” respondi-te à altura. O perigo à espreita e eu continuei corajosa. E foi assim…. que te conheci. Iludida. Entusiasmada. Contigo ou com a situação. Nunca sei bem. É a história da minha vida.
Estiquei o assunto até ao limite, rodopiei qual bailarina, em pontas, plié, plié, plié. Sempre ética, sempre cheia de princípios e regras. Sempre racional. Sempre.
Preocupada com os teus sentimentos. Preocupada com os meus sentimentos. Preocupada. 
Culpada por te querer. Culpada por não te querer. 
Indecisa. Talvez seja agora… Como seria?
Às vezes curiosa. Outras com a certeza que não há nada para além do que vejo. Que não temos nada em comum. 
E não temos. E mais uma vez percebi que tive tanta sorte. Foi a providência que me parou. Foi a minha estrelinha que me calou.
Mas quando te conheci não sabia. Julguei-te outra pessoa. Julguei-te capaz de tanto.
Talvez quase me tivesse apaixonado, mas não era por ti.

quarta-feira, fevereiro 06, 2019

Conta-me Histórias #1 - A nossa história já vai longa




A nossa história já vai longa. Ou foi longa. Não eras ninguém. Não foste ninguém durante muito tempo.
Depois, por circunstâncias externas ficaste mais perto.
Depois, por coincidências de interesses, que fomos descobrindo devagar, ficaste mais perto.
Depois, por querermos prolongar a necessidade de estar juntos… ficaste mais perto.
Nunca perto de mais. Apenas perto. A minha leitura foi sempre para lá do óbvio. Procurei a transcendência. Convenci-me da especialidade destes momentos. Acreditei que eu era especial. Acreditei que tu eras especial.
Sonhei contigo momentos de perfeição profunda e total. Daqueles que arrebatam e nos levam a consciência.
Depois quase me apaixonei por ti.
Quase.
Tu, o universo, eu ou o tempo impediram-no.
Umas vezes acobardei-me. Outras não me apeteceu, já sabes que sou temperamental. Outras vezes fugiste. Em algumas vezes, talvez não tivesses interesse e eu não percebi. E em determinados episódios não foste quem eu julgava que serias.
Disse-te isso. “Foi por estas e por outras que perdeste o encanto.”
E perdeste.
Pensei que ias ripostar.
Mas estiveste como sempre. Aquém do que seria de esperar. 

segunda-feira, fevereiro 04, 2019

E um dia sem mais…. Voltei.


De repente senti saudades do tempo em que aqui vinha, cheia de ilusões e vontades. Com a intenção de escrever e de ser lida. Foi há um milhão de anos, noutra história. Tudo mudou desde então.

Mudei eu e mudou a chamada blogosfera.

Hoje, os blogs servem para vender produtos, marcas, estilos de vida, imagens e vidas mais ou menos perfeitas.

Mas eu tenho saudades da magia daqueles tempos.

Da magia que era abrir os blogs do costume e ver o “lado dentro” de tantos anónimos que escreviam atrás de blogs com nomes sugestivos. Antes dos livros e do comércio, os blogs eram só a alma da gente em palavras, às vezes tão perfeitas, que todos nos identificávamos com este ou com aquele sentimento. É a esses blogs que me apetece voltar.

Voltar para escrever o que sinto.

Descobrir o que desejo.

Perceber as histórias que passam por mim, ao longo do dia, todos os dias.

Cristalizar os pensamentos que me atravessam e que fazem de mim tantas pessoas, sem deixar de ser apenas eu.

Não para ser lida, mas para sair de mim, libertar o que escrevi em pensamento e que não deixei que se materializasse em palavras ditas ou escritas.

Estou de volta. Cheguei.