... que um blog não pode ser um diário.
Disseste-me que um blog é público, não tem chave, não está guardado nem reservado.
Disseste-me que o meu blog não pode ser um diário porque está exposto aos olhares e às leituras de qualquer um, mas quase ninguém sabe ler-me.
Explicaste-me, sempre muito compenetrado, que quase ninguém quer saber o que penso, o que sinto, do que quero falar além das conversas de todos os dias.
As páginas do blog têm cor, mas sentes falta do cheiro, da textura, da materialidade. Queixaste-te que só escrevo o que os outros podem ler.
Ouvi-te em silêncio.
Mas… eu nunca te disse que o blog é um diário!