sábado, fevereiro 09, 2019
How
I Met You. Não há aqui assunto para uma série. Desafiaste-me e eu num dos meus acessos
de “dizeroquemevanarealgana” respondi-te à altura. O perigo à espreita e eu
continuei corajosa. E foi assim…. que te conheci. Iludida. Entusiasmada.
Contigo ou com a situação. Nunca sei bem. É a história da minha vida.
Estiquei
o assunto até ao limite, rodopiei qual bailarina, em pontas, plié, plié, plié. Sempre
ética, sempre cheia de princípios e regras. Sempre racional. Sempre.
Preocupada
com os teus sentimentos. Preocupada com os meus sentimentos. Preocupada.
Culpada
por te querer. Culpada por não te querer.
Indecisa.
Talvez seja agora… Como seria?
Às
vezes curiosa. Outras com a certeza que não há nada para além do que vejo. Que
não temos nada em comum.
E
não temos. E mais uma vez percebi que tive tanta sorte. Foi a providência que
me parou. Foi a minha estrelinha que me calou.
Mas
quando te conheci não sabia. Julguei-te outra pessoa. Julguei-te capaz de
tanto.
Talvez
quase me tivesse apaixonado, mas não era por ti.
quarta-feira, fevereiro 06, 2019
Conta-me Histórias #1 - A nossa história já vai longa
A nossa história já vai longa. Ou foi longa. Não eras ninguém. Não foste
ninguém durante muito tempo.
Depois, por circunstâncias externas ficaste mais perto. Depois, por coincidências de interesses, que fomos descobrindo devagar, ficaste mais perto.
Depois, por querermos prolongar a necessidade de estar juntos… ficaste mais perto.
Nunca perto de mais. Apenas perto. A minha leitura foi sempre para lá do óbvio. Procurei a transcendência. Convenci-me da especialidade destes momentos. Acreditei que eu era especial. Acreditei que tu eras especial.
Sonhei contigo momentos de perfeição profunda e total. Daqueles que arrebatam e nos levam a consciência.
Depois quase me apaixonei por ti.
Quase.
Tu, o universo, eu ou o tempo impediram-no.
Umas vezes acobardei-me. Outras não me apeteceu, já sabes que sou temperamental. Outras vezes fugiste. Em algumas vezes, talvez não tivesses interesse e eu não percebi. E em determinados episódios não foste quem eu julgava que serias.
Disse-te isso. “Foi por estas e por outras que perdeste o encanto.”
E perdeste.
Pensei que ias ripostar.
Mas estiveste como sempre. Aquém do que seria de esperar.
segunda-feira, fevereiro 04, 2019
E um dia sem mais…. Voltei.
De repente senti saudades do tempo em que aqui vinha, cheia
de ilusões e vontades. Com a intenção de escrever e de ser lida. Foi há um
milhão de anos, noutra história. Tudo mudou desde então.
Mudei eu e mudou a chamada blogosfera.
Hoje, os blogs servem para vender produtos, marcas, estilos
de vida, imagens e vidas mais ou menos perfeitas.
Mas eu tenho saudades da magia daqueles tempos.
Da magia que era abrir os blogs do costume e ver o “lado
dentro” de tantos anónimos que escreviam atrás de blogs com nomes sugestivos.
Antes dos livros e do comércio, os blogs eram só a alma da gente em palavras, às
vezes tão perfeitas, que todos nos identificávamos com este ou com aquele
sentimento. É a esses blogs que me apetece voltar.
Voltar para escrever o que sinto.
Descobrir o que desejo.
Perceber as histórias que passam por mim, ao longo do dia,
todos os dias.
Cristalizar os pensamentos que me atravessam e que fazem de
mim tantas pessoas, sem deixar de ser apenas eu.
Não para ser lida, mas para sair de mim, libertar o que escrevi
em pensamento e que não deixei que se materializasse em palavras ditas ou
escritas.
Estou de volta. Cheguei.
sexta-feira, janeiro 01, 2010
terça-feira, outubro 27, 2009
Miúda inteligente...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Florbela Espanca
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Florbela Espanca
domingo, outubro 25, 2009
Há certas coisas que nunca fazem sentido
Há histórias assim. Sempre a mesma conversa, continuamente a mesma atitude, até as palavras são constantes. Gastas, consumidas, agoniadas por dentro, desacertadas. Mas, em abono da verdade, as pessoas que as ouvem são outras.
São sempre, não é? Diferentes. Melhores ou piores, só o buril do tempo o dirá.
E a mudança é unicamente essa, os dias trocam os donos dos ouvidos que percebem essas palavras. E não fosse esse pormenor, há muito que a conversa se teria alterado. Provavelmente.
Ou já não haveria ninguém para ouvir.
E não há.
Ninguém fica.
Já quase todos perceberam.
Há histórias assim. Repetidas, dobradas, recalcadas, como se fossem novas, como se fossem outras, como se houvesse esperança. Não há. É um círculo perfeito, o fluir destas histórias. Porque na realidade há muito que perderam o Norte. E não há bússolas que valham, enquanto as letras criarem sons de sentires condenados a falhar. Mais cedo ou mais tarde.
E esta é a minha sentença em causa alheia. É sempre com uma lucidez quase doentia que vemos a vida dos outros. As ideias que temos na cabeça são assim, límpidas, podemos sempre dizer: “tem juízo”. Mas há certas coisas que nunca fazem sentido. Ou será que há certas pessoas que jamais farão sentido?
Há histórias assim. Sempre a mesma conversa, continuamente a mesma atitude, até as palavras são constantes. Gastas, consumidas, agoniadas por dentro, desacertadas. Mas, em abono da verdade, as pessoas que as ouvem são outras.
São sempre, não é? Diferentes. Melhores ou piores, só o buril do tempo o dirá.
E a mudança é unicamente essa, os dias trocam os donos dos ouvidos que percebem essas palavras. E não fosse esse pormenor, há muito que a conversa se teria alterado. Provavelmente.
Ou já não haveria ninguém para ouvir.
E não há.
Ninguém fica.
Já quase todos perceberam.
Há histórias assim. Repetidas, dobradas, recalcadas, como se fossem novas, como se fossem outras, como se houvesse esperança. Não há. É um círculo perfeito, o fluir destas histórias. Porque na realidade há muito que perderam o Norte. E não há bússolas que valham, enquanto as letras criarem sons de sentires condenados a falhar. Mais cedo ou mais tarde.
E esta é a minha sentença em causa alheia. É sempre com uma lucidez quase doentia que vemos a vida dos outros. As ideias que temos na cabeça são assim, límpidas, podemos sempre dizer: “tem juízo”. Mas há certas coisas que nunca fazem sentido. Ou será que há certas pessoas que jamais farão sentido?
sábado, outubro 24, 2009
Plantada
Podia ficar aqui plantada, neste espaço verde que separa as estrelas do fundo do mar. Podia ficar aqui, ganho raízes facilmente, cresço à custa de chocolate quente e amores perfeitos, venha a chuva e o frio. Há sempre um jardineiro bondoso.
Podia ficar aqui plantada, neste espaço verde que separa as estrelas do fundo do mar. Podia ficar aqui, ganho raízes facilmente, cresço à custa de chocolate quente e amores perfeitos, venha a chuva e o frio. Há sempre um jardineiro bondoso.
terça-feira, outubro 20, 2009
Não.
Não te vou dizer que estou sozinha. Tenho o ramo de flores sobre a secretária. Rosas vermelhas. Reencontrei hoje o postal que me escreveste naquele dia. Repetiste juras incessantes de amor, disseste que chegavas depressa.
A noite inteira a ouvir a mesma música. Não te vou dizer que estou sozinha. O amanhecer embaciado. O frio por fora, a inquietação na boca do estômago, o coração a bater desordenado, o sangue a fluir depressa, muito depressa. A vertigem da vida. Tenho o ramo de flores sobre a secretária. Rosas vermelhas.
Não te vou dizer que estou sozinha. Tenho o ramo de flores sobre a secretária. Rosas vermelhas. Reencontrei hoje o postal que me escreveste naquele dia. Repetiste juras incessantes de amor, disseste que chegavas depressa.
A noite inteira a ouvir a mesma música. Não te vou dizer que estou sozinha. O amanhecer embaciado. O frio por fora, a inquietação na boca do estômago, o coração a bater desordenado, o sangue a fluir depressa, muito depressa. A vertigem da vida. Tenho o ramo de flores sobre a secretária. Rosas vermelhas.
quinta-feira, setembro 24, 2009
Reflexo
“Ler é um ritual íntimo, um livro é um espelho e que só podemos encontrar nele o que já temos dentro”.
A Sombra do Vento, Carlos Ruiz Záfon
“Ler é um ritual íntimo, um livro é um espelho e que só podemos encontrar nele o que já temos dentro”.
A Sombra do Vento, Carlos Ruiz Záfon
quarta-feira, setembro 23, 2009
Porque a vida pode ser tudo.
be beautiful, be brash
if you can't be good
be radical, be rash
be insolent, inspired
be decadent, desired
be everything I knew you would
and if you can't be good
be magical, be mean
if you can't be good
be shameless, be obscene
be passionate, possessed
be obstinate, obsessed
be everything I knew you would
if you can't be good
Li este texto há uns anos. Hoje faz mais sentido do que nunca. A vida é isto. É estar no topo da falésia, com uma vista de cortar a respiração, uma brisa de Verão, o pôr do sol no horizonte, um sorriso nos lábios, a tua mão na minha, o futuro pela frente e a melhor música do mundo no coração. Perfeito.
be beautiful, be brash
if you can't be good
be radical, be rash
be insolent, inspired
be decadent, desired
be everything I knew you would
and if you can't be good
be magical, be mean
if you can't be good
be shameless, be obscene
be passionate, possessed
be obstinate, obsessed
be everything I knew you would
if you can't be good
Li este texto há uns anos. Hoje faz mais sentido do que nunca. A vida é isto. É estar no topo da falésia, com uma vista de cortar a respiração, uma brisa de Verão, o pôr do sol no horizonte, um sorriso nos lábios, a tua mão na minha, o futuro pela frente e a melhor música do mundo no coração. Perfeito.
sexta-feira, agosto 21, 2009
De outros
"Não vale repetir nada. Isso é batota. Tudo tem que voltar a ser feito com a loucura possível e o terror de estar a cair de um prédio de sete andares. Porque se assim não for já morremos e ninguém nos avisou".
terça-feira, julho 14, 2009
Neve
Eu não tinha mais de um metro. As mãos pequeninas aconchegadas nas luvas de lã, uma no bolso do casaco azul marinho, a outra na mão da minha mãe. Atravessávamos Paris. Lembro-me de uma ponte, do rio, do céu cinzento, muito escuro, do frio. Era cedo. A cidade tinha pouco movimento. Estávamos a caminho da escola. De repente começou a nevar. Os flocos brancos caiam devagar, e começaram a pintar as ruas de branco. Lembro-me de olhar o céu e ver milhares de pontos brancos a flutuar. Pensei que era magia. E foi.
Muitos anos depois, em Novembro de 2008 voltei a ver neve, muita neve. Fui para Montalegre em busca de paisagens brancas, e a magia voltou a ser a mesma. Já refreada pelos anos, já amortecida pelos pensamentos, já amaciada pelos sentires.
A neve sim.
A neve foi a mesma, mas nesse dia percebi que comecei a ser outra. A neve cobriu pinheiros, estradas, casas, monumentos, encheu as ruas de pessoas, de gargalhadas, preencheu o dia com lareiras acesas e olhos brilhantes e eu pressenti que algo estava a mudar. Percebi que só por querer, o caminho ficou comprometido. E ficou. E eu soube, enquanto voltei a ver a magia da aldeia do pai natal.
Eu não tinha mais de um metro. As mãos pequeninas aconchegadas nas luvas de lã, uma no bolso do casaco azul marinho, a outra na mão da minha mãe. Atravessávamos Paris. Lembro-me de uma ponte, do rio, do céu cinzento, muito escuro, do frio. Era cedo. A cidade tinha pouco movimento. Estávamos a caminho da escola. De repente começou a nevar. Os flocos brancos caiam devagar, e começaram a pintar as ruas de branco. Lembro-me de olhar o céu e ver milhares de pontos brancos a flutuar. Pensei que era magia. E foi.
Muitos anos depois, em Novembro de 2008 voltei a ver neve, muita neve. Fui para Montalegre em busca de paisagens brancas, e a magia voltou a ser a mesma. Já refreada pelos anos, já amortecida pelos pensamentos, já amaciada pelos sentires.
A neve sim.
A neve foi a mesma, mas nesse dia percebi que comecei a ser outra. A neve cobriu pinheiros, estradas, casas, monumentos, encheu as ruas de pessoas, de gargalhadas, preencheu o dia com lareiras acesas e olhos brilhantes e eu pressenti que algo estava a mudar. Percebi que só por querer, o caminho ficou comprometido. E ficou. E eu soube, enquanto voltei a ver a magia da aldeia do pai natal.
A Carta
Era uma carta com várias páginas. Uma letra perfeita, pequena, muito redondinha, meticulosamente simétrica. Várias páginas dobradas, escritas a tinta azul.
Chegou com a manhã no correio e mudou-me a vida inteira. Aninhei-me no sofá verde, junto à janela. Olhei o rio, uma gaivota cortou o céu e comecei a ler. À minha frente, surgiram palavras que me conheciam por dentro.
Li, reli e voltei a reler a carta. A carta que reunia tudo o que eu era, ali, numas quantas páginas, escritas a tinta azul. Sentada no sofá de veludo fiquei presa no tempo. Nunca me tinha olhado tão profundamente como naquela carta. Nunca ninguém encontrou a minha essência como aquelas palavras.
Quem me conhecia assim?
Quem?
Quem tinha ido tão longe dentro de mim?
Quem teria chegado primeiro do que eu, ao mais fundo do meu ser?
Quem teria respondido a todas as minhas duvidas e agora replicava ali naquela carta, a tudo, tudo o que eu sempre quis saber?
Quem sabia os meus segredos?
Quem sabia o que eu nunca disse baixinho ao ouvido de ninguém?
Os dias tomaram novos rumos, a carta passou a ser o meu mapa. O guia da vida nova que tomei a cada manhã. Sem dúvidas, sem hesitações, sem receios ou tristezas.
Depois.
Depois passou muito tempo até eu compreender quem escreveu a carta.
Uma tarde, no momento em que o sol tocou o horizonte, antes de desaparecer, no meio do som da vida que roça as árvores quando os pássaros voam em busca de comida, tirei a carta do bolso e finalmente percebi.
A carta tinha sido escrita por mim.
Era uma carta com várias páginas. Uma letra perfeita, pequena, muito redondinha, meticulosamente simétrica. Várias páginas dobradas, escritas a tinta azul.
Chegou com a manhã no correio e mudou-me a vida inteira. Aninhei-me no sofá verde, junto à janela. Olhei o rio, uma gaivota cortou o céu e comecei a ler. À minha frente, surgiram palavras que me conheciam por dentro.
Li, reli e voltei a reler a carta. A carta que reunia tudo o que eu era, ali, numas quantas páginas, escritas a tinta azul. Sentada no sofá de veludo fiquei presa no tempo. Nunca me tinha olhado tão profundamente como naquela carta. Nunca ninguém encontrou a minha essência como aquelas palavras.
Quem me conhecia assim?
Quem?
Quem tinha ido tão longe dentro de mim?
Quem teria chegado primeiro do que eu, ao mais fundo do meu ser?
Quem teria respondido a todas as minhas duvidas e agora replicava ali naquela carta, a tudo, tudo o que eu sempre quis saber?
Quem sabia os meus segredos?
Quem sabia o que eu nunca disse baixinho ao ouvido de ninguém?
Os dias tomaram novos rumos, a carta passou a ser o meu mapa. O guia da vida nova que tomei a cada manhã. Sem dúvidas, sem hesitações, sem receios ou tristezas.
Depois.
Depois passou muito tempo até eu compreender quem escreveu a carta.
Uma tarde, no momento em que o sol tocou o horizonte, antes de desaparecer, no meio do som da vida que roça as árvores quando os pássaros voam em busca de comida, tirei a carta do bolso e finalmente percebi.
A carta tinha sido escrita por mim.
segunda-feira, julho 13, 2009
Clichés
Pode conseguir-se tudo na vida. Tudo. Desde que se esteja disposto a sacrificar tudo o resto.
Às vezes nem sempre fazemos o que é certo só para conseguir o que queremos.
Às vezes estamos prontos a fazer sacrifícios, só que nem sempre sabemos o que estamos a sacrificar.
Às vezes a vida pede-nos sacrifícios que não estávamos dispostos a fazer. Ou pior. Às vezes os sacrifícios que nos são apresentados não são aqueles que estávamos à espera.
Às vezes são as batalhas que nos escolhem. Às vezes essas batalhas são tão grandes que nos suplantam.
Às vezes o sacrifício que nos toca é muito maior do que aquele que estávamos preparados para aguentar.
e lugares comuns
Os momentos bons da vida, não são aqueles em que respiramos normalmente. Não são aqueles em que o coração bate alegre e despreocupadamente. Não. Os grandes momentos da vida são aqueles que nos arrebatam, que nos tiram o fôlego, que nos deixam suspensos num instante fugaz.
E então?
Poderia dizer-se que a menina está numa fase de avaliação, de introspecção, de reflexão? Não! A menina viu um episódio da anatomia de grey e gostou desta ideia de, às vezes, sermos só peões no jogo da vida.
Pode conseguir-se tudo na vida. Tudo. Desde que se esteja disposto a sacrificar tudo o resto.
Às vezes nem sempre fazemos o que é certo só para conseguir o que queremos.
Às vezes estamos prontos a fazer sacrifícios, só que nem sempre sabemos o que estamos a sacrificar.
Às vezes a vida pede-nos sacrifícios que não estávamos dispostos a fazer. Ou pior. Às vezes os sacrifícios que nos são apresentados não são aqueles que estávamos à espera.
Às vezes são as batalhas que nos escolhem. Às vezes essas batalhas são tão grandes que nos suplantam.
Às vezes o sacrifício que nos toca é muito maior do que aquele que estávamos preparados para aguentar.
e lugares comuns
Os momentos bons da vida, não são aqueles em que respiramos normalmente. Não são aqueles em que o coração bate alegre e despreocupadamente. Não. Os grandes momentos da vida são aqueles que nos arrebatam, que nos tiram o fôlego, que nos deixam suspensos num instante fugaz.
E então?
Poderia dizer-se que a menina está numa fase de avaliação, de introspecção, de reflexão? Não! A menina viu um episódio da anatomia de grey e gostou desta ideia de, às vezes, sermos só peões no jogo da vida.
terça-feira, julho 07, 2009
Pormenores
Encontrei, um dia destes, num blog uma lista de 100 itens que definiriam o quanto já fizemos, ou o tanto… Das 100 estabelecidas, já cumpri 45. Realizei e alcancei muitas outras que não estavam lá, e isto tudo para quê? Para pensar na vida?
Não.
Para achar que a vida pode ser tão interessante.Para perceber que há tanto que podemos fazer com o nosso tempo.
Que o mundo é enorme e os dias são pequenos.
Que o meu tempo deveria ser mais meu.
Que as pessoas enriquecem os dias. As pessoas com luz por dentro, que valem mesmo a pena.
Que são o conforto e a cumplicidade de todos os dias.
Deveria fazer a lista das 100 coisas que ainda vou alcançar, este ano, no próximo, depois, a sós, acompanhada, em grupo, porque os pormenores fazem o todo.
Devia fazer a lista dos momentos que me enchem os dias.
Devia contar que ontem comi as melhores rabanadas do mundo, que no Domingo morri de sono todo o dia, depois de uma noite de olhos bem abertos, partilhar que no Sábado chorei de tanto rir e que hoje vou a um concerto de um amigo.
Devia anunciar que o descanso do guerreiro está à porta, que o mar também é a minha alma gémea e que vou ter uma prenda da Estónia…e outra da Finlândia ;)
Na Quinta-feira reencontrei um momento que perdi há mais de cinco anos, na semana passada revivi a magia de Novembro e voltei a ter 13 anos, uma melhor amiga e segredos contados no escuro do jardim.
Encontrei, um dia destes, num blog uma lista de 100 itens que definiriam o quanto já fizemos, ou o tanto… Das 100 estabelecidas, já cumpri 45. Realizei e alcancei muitas outras que não estavam lá, e isto tudo para quê? Para pensar na vida?
Não.
Para achar que a vida pode ser tão interessante.Para perceber que há tanto que podemos fazer com o nosso tempo.
Que o mundo é enorme e os dias são pequenos.
Que o meu tempo deveria ser mais meu.
Que as pessoas enriquecem os dias. As pessoas com luz por dentro, que valem mesmo a pena.
Que são o conforto e a cumplicidade de todos os dias.
Deveria fazer a lista das 100 coisas que ainda vou alcançar, este ano, no próximo, depois, a sós, acompanhada, em grupo, porque os pormenores fazem o todo.
Devia fazer a lista dos momentos que me enchem os dias.
Devia contar que ontem comi as melhores rabanadas do mundo, que no Domingo morri de sono todo o dia, depois de uma noite de olhos bem abertos, partilhar que no Sábado chorei de tanto rir e que hoje vou a um concerto de um amigo.
Devia anunciar que o descanso do guerreiro está à porta, que o mar também é a minha alma gémea e que vou ter uma prenda da Estónia…e outra da Finlândia ;)
Na Quinta-feira reencontrei um momento que perdi há mais de cinco anos, na semana passada revivi a magia de Novembro e voltei a ter 13 anos, uma melhor amiga e segredos contados no escuro do jardim.
segunda-feira, junho 29, 2009
M@is de mim
Revelações. E tenho sonhado com comboios. Sonhos estranhos, quentes. Cheios de pessoas que não conheço. Que passam, vão e voltam e apontam o dedo. E estou em estações grandes. Muito grandes. Altas, com imensas e sumptuosas escadarias. Degraus que subo. Brancos, impecavelmente limpos. Os sonhos têm luz. Uma luminosidade que ofusca, forte. Estou sentada à espera do comboio com um livro no colo.
Freud explica. Os comboios têm um significado óbvio.
O tema preferido do artista é quase sempre ele próprio.
Estou a ficar egocêntrica até nos sonhos.
E o tempo que demora uma viagem de comboio tem de servir exactamente para contar o meu sonho.
E pela manhã acordei furiosa. Irritada por não estar a dormir. Felizmente há justiça e comecei o dia na praia. Em frente ao mar. Numa esplanada. Fiz as pazes com o mundo.
E esta noite? Vou voltar à estação?
Revelações. E tenho sonhado com comboios. Sonhos estranhos, quentes. Cheios de pessoas que não conheço. Que passam, vão e voltam e apontam o dedo. E estou em estações grandes. Muito grandes. Altas, com imensas e sumptuosas escadarias. Degraus que subo. Brancos, impecavelmente limpos. Os sonhos têm luz. Uma luminosidade que ofusca, forte. Estou sentada à espera do comboio com um livro no colo.
Freud explica. Os comboios têm um significado óbvio.
O tema preferido do artista é quase sempre ele próprio.
Estou a ficar egocêntrica até nos sonhos.
E o tempo que demora uma viagem de comboio tem de servir exactamente para contar o meu sonho.
E pela manhã acordei furiosa. Irritada por não estar a dormir. Felizmente há justiça e comecei o dia na praia. Em frente ao mar. Numa esplanada. Fiz as pazes com o mundo.
E esta noite? Vou voltar à estação?
sábado, junho 27, 2009
Vai ser engraçado
Vai ser engraçado. Muito. Um dia eu estar na FNAC e ver um livro meu na prateleira, rodeado de tantos escritores que admiro e venero. Ver as minhas palavras nas mãos de desconhecidos, ver a minha voz levada para casas onde eu nunca pensei entrar. O que sente o Saramago? O que sente o António? O que sentem tantos que como eles foram escolhidos para receber o dom de contar histórias magistralmente?
Vai ser divertido. Muito. Um dia eu dar de caras com um livro por mim inventado na montra de uma livraria de uma rua deste país. Já me apeteceu ter uma livraria. Um espaço encantado, muito, muito parecido com aquela de Aveiro, Navio de Espelhos (acho).
Agora apetece-me fazer outras coisas. Agora passam-me novas ideias pela cabeça. Imagens perfeitas, cheias de cor, quase reais. Estendo a mão e posso tocar-lhes.
Agora quero sentir nas folhas dos livros, o que sempre senti cá dentro, na boca do estômago. Esta é a hora.
Houve tempos em que só escrevia a tristeza, a mágoa, a dor. Houve tempos em que só me lembrava dos meus (muitos) diários (que tive ao longo da vida), quando essa vida era má para mim.
Houve.
Mas depois descobri a alegria das letras. Percebi que a serenidade é possível, que a tranquilidade não anula a criação e a emoção, que a criatividade pode viver e vive lado a lado com a felicidade. Houve tempos em que pensava que só as pessoas atormentadas criavam. Só os angustiados viviam com intensidade.
Não.
Que engano tão grande. Como foi possível?
Vai ser engraçado. Muito. Um dia eu estar na FNAC e ver um livro meu na prateleira, rodeado de tantos escritores que admiro e venero. Ver as minhas palavras nas mãos de desconhecidos, ver a minha voz levada para casas onde eu nunca pensei entrar. O que sente o Saramago? O que sente o António? O que sentem tantos que como eles foram escolhidos para receber o dom de contar histórias magistralmente?
Vai ser divertido. Muito. Um dia eu dar de caras com um livro por mim inventado na montra de uma livraria de uma rua deste país. Já me apeteceu ter uma livraria. Um espaço encantado, muito, muito parecido com aquela de Aveiro, Navio de Espelhos (acho).
Agora apetece-me fazer outras coisas. Agora passam-me novas ideias pela cabeça. Imagens perfeitas, cheias de cor, quase reais. Estendo a mão e posso tocar-lhes.
Agora quero sentir nas folhas dos livros, o que sempre senti cá dentro, na boca do estômago. Esta é a hora.
Houve tempos em que só escrevia a tristeza, a mágoa, a dor. Houve tempos em que só me lembrava dos meus (muitos) diários (que tive ao longo da vida), quando essa vida era má para mim.
Houve.
Mas depois descobri a alegria das letras. Percebi que a serenidade é possível, que a tranquilidade não anula a criação e a emoção, que a criatividade pode viver e vive lado a lado com a felicidade. Houve tempos em que pensava que só as pessoas atormentadas criavam. Só os angustiados viviam com intensidade.
Não.
Que engano tão grande. Como foi possível?
sexta-feira, junho 26, 2009
(re)nome
Este Blog acaba de mudar de nome.
Agora é conhecido por uma certa pessoa por:
o-blog-da-minha-amada-princesa-cheio-de-mimos
Este Blog acaba de mudar de nome.
Agora é conhecido por uma certa pessoa por:
o-blog-da-minha-amada-princesa-cheio-de-mimos
Amor
é força e valor
é debilidade e cobardia
é paixão e alegria
é corpo e alma
é este instante
é toda a eternidade
é ontem,
é história,
é amanha e futuro
é distância e arrojo
é o momento e a vida inteira
é dedicação
cumplicidade e ardor
é voar na margem das ondas
é roçar pele com pele
é unir o gemer das almas
é um abraço fundido
e um só coração
quinta-feira, junho 25, 2009
Organização
Abriste... Fecha.
Acendeste... Apaga
Ligaste... Desliga
Desarrumaste... Arruma
Sujaste... Limpa
Partiste... Repara
Pediste emprestado... Devolve
Prometeste... Cumpre
É de graça... Não desperdices
Estás a usar... Tem cuidado
Não sabes usar... Chama quem sabe
Vais usar... Pede licença
Não sabes como funciona... Não mexas
Não sabes fazer melhor... Não critiques
Ofendeste... Pede desculpa
E pronto.... Perfeito
Abriste... Fecha.
Acendeste... Apaga
Ligaste... Desliga
Desarrumaste... Arruma
Sujaste... Limpa
Partiste... Repara
Pediste emprestado... Devolve
Prometeste... Cumpre
É de graça... Não desperdices
Estás a usar... Tem cuidado
Não sabes usar... Chama quem sabe
Vais usar... Pede licença
Não sabes como funciona... Não mexas
Não sabes fazer melhor... Não critiques
Ofendeste... Pede desculpa
E pronto.... Perfeito
quarta-feira, junho 24, 2009
@ritmo
Ao sabor da música, o som que sabe a Verão.
O tempo que passa devagar, que é absorvido ao segundo. Que vale a vida inteira.
A música no coração. A cadência que bate por dentro.
A proximidade. A cumplicidade.
O som que é quente, que é paixão, que é sangue e energia.
Dançar, deixar as notas musicais percorrerem cada ponto do corpo.
Vibrar a cada mudança de ritmo.
Transpirar no calor dos corpos, no fluir das horas, na fusão…
As tuas mãos fortes. O teu corpo flexível.
Estar segura. Sempre.
Confiante. Tranquila, com alicerces fundos. Esteios cheios de certezas.
Silêncio. Receio de pronunciar a felicidade em voz alta.
Deixar que a vida seja perfeita. Sim.
Acreditar.
Ao sabor da música, o som que sabe a Verão.
O tempo que passa devagar, que é absorvido ao segundo. Que vale a vida inteira.
A música no coração. A cadência que bate por dentro.
A proximidade. A cumplicidade.
O som que é quente, que é paixão, que é sangue e energia.
Dançar, deixar as notas musicais percorrerem cada ponto do corpo.
Vibrar a cada mudança de ritmo.
Transpirar no calor dos corpos, no fluir das horas, na fusão…
As tuas mãos fortes. O teu corpo flexível.
Estar segura. Sempre.
Confiante. Tranquila, com alicerces fundos. Esteios cheios de certezas.
Silêncio. Receio de pronunciar a felicidade em voz alta.
Deixar que a vida seja perfeita. Sim.
Acreditar.
terça-feira, junho 23, 2009
segunda-feira, junho 22, 2009
Statement
A sedução está presente em todos os momentos.
A pior coisa do mundo é a arrogância (ou será a mentira…).
O choro, diz o Miguel, é um sentimento interior. Torna-nos mais doces, mais terrenos. Mais próximos de nós mesmos.
A delícia de um Brunch num ambiente requintado, repleto de sabores fantásticos e em boa companhia.
Encaixei finalmente as peças do mundo que sempre pensei conhecer.
A percepção que o todo muda o sentimento por cada parte.
A compreensão que o entendimento se altera com o gradual alargamento do horizonte.
A sedução está presente em todos os momentos.
A pior coisa do mundo é a arrogância (ou será a mentira…).
O choro, diz o Miguel, é um sentimento interior. Torna-nos mais doces, mais terrenos. Mais próximos de nós mesmos.
A delícia de um Brunch num ambiente requintado, repleto de sabores fantásticos e em boa companhia.
Encaixei finalmente as peças do mundo que sempre pensei conhecer.
A percepção que o todo muda o sentimento por cada parte.
A compreensão que o entendimento se altera com o gradual alargamento do horizonte.
Nuvem
Sonhar acordada. Sonhar nos minutos que me separam do mundo.
Sonhar que ainda posso ficar aqui enroscada nesta nuvem fofa (não cor-de-rosa… mas branca… )
Sonhar neste espaço que quero nosso.
Sonhar num universo paralelo. O meu e o teu mundo que se fundiram num só.
Sonhar porque ainda é cedo.
Sonhar porque tudo é possível.
Sonhar porque o mundo é nosso.
Sonhar acordada. Sonhar adormecida. Sonhar de olhos abertos. Sonhar de olhos fechados.
Sonhar sempre.
sexta-feira, junho 19, 2009
Flash
Arrumo a papelada em cima da secretária. Olho para o relógio à espera que o tempo passe. Não me apetece ficar aqui. Quero estar lá fora, onde a vida corre…
Hoje de manhã, abri a janela e procurei no meio dos cd's qualquer coisa que se pudesse pôr a tocar em volume máximo. Vesti-me a dançar. E o dia começou com passos e movimentos inventados, entre as almofadas e o chão. Salto. Salto. Vou trauteando as canções. Há muito tempo que gosto de saltar na cama. Gosto muito que gostes também.
A música em volume máximo. Danço. Danço. Gosto quando me dizes tua.
Só eu sei o que gostaria de ter esta noite (e em todas as noites que me restam pela vida toda). Eu e tu...
Arrumo a papelada em cima da secretária. Olho para o relógio à espera que o tempo passe. Não me apetece ficar aqui. Quero estar lá fora, onde a vida corre…
Hoje de manhã, abri a janela e procurei no meio dos cd's qualquer coisa que se pudesse pôr a tocar em volume máximo. Vesti-me a dançar. E o dia começou com passos e movimentos inventados, entre as almofadas e o chão. Salto. Salto. Vou trauteando as canções. Há muito tempo que gosto de saltar na cama. Gosto muito que gostes também.
A música em volume máximo. Danço. Danço. Gosto quando me dizes tua.
Só eu sei o que gostaria de ter esta noite (e em todas as noites que me restam pela vida toda). Eu e tu...
quarta-feira, junho 17, 2009
Conversas
Ela: Um lindo dia de Verão e eu sem o meu amor para passear!
Ele: Mais um dia de passeio e eu sem o meu amor comigo. Beijos, beijos, beijos!
Ela: Um lindo dia de Verão e eu sem o meu amor para passear!
Ele: Mais um dia de passeio e eu sem o meu amor comigo. Beijos, beijos, beijos!
terça-feira, junho 16, 2009
Palavras que prendem
Numa destas noites participei num encontro muito restrito com um dos grandes empresários do nosso país. Um encontro à volta de uma mesa para uma conversa descontraída e enriquecedora. Oportunidade para falar e ouvir falar de liderança, de missão, de valores, de princípios, de pessoas com objectivos.
A história e a fibra de quem lidera contada ali, ao vivo, na primeira pessoa. Uma conversa com a generosidade e a partilha de quem tem um percurso longo, seguro, confiante, de descoberta, de afirmação, de visão.
Uma vida rica, muito rica, com viagens, com batalhas ganhas, com derrotas assumidas, com interacções com os melhores do mundo, com relações privilegiadas com líderes internacionais. A noite voou. Mas enquanto as horas avançavam o tempo parou, e eu fiquei presa às palavras daquele líder.
Mas foi o homem atrás do líder, que todos conhecem através da televisão e dos jornais, que me fascinou.
Um homem que sabe quem é.
Que sabe o que quer.
Que se move por objectivos definidos, claros, mas sempre flexíveis e ajustáveis.
De vez em quando percebemos que há pessoas especiais, que temos tanto a aprender com os outros, que a vida está cheia de belas e agradáveis surpresas e que quando menos se espera se vive assim, uma noite de fascínios.
Numa destas noites participei num encontro muito restrito com um dos grandes empresários do nosso país. Um encontro à volta de uma mesa para uma conversa descontraída e enriquecedora. Oportunidade para falar e ouvir falar de liderança, de missão, de valores, de princípios, de pessoas com objectivos.
A história e a fibra de quem lidera contada ali, ao vivo, na primeira pessoa. Uma conversa com a generosidade e a partilha de quem tem um percurso longo, seguro, confiante, de descoberta, de afirmação, de visão.
Uma vida rica, muito rica, com viagens, com batalhas ganhas, com derrotas assumidas, com interacções com os melhores do mundo, com relações privilegiadas com líderes internacionais. A noite voou. Mas enquanto as horas avançavam o tempo parou, e eu fiquei presa às palavras daquele líder.
Mas foi o homem atrás do líder, que todos conhecem através da televisão e dos jornais, que me fascinou.
Um homem que sabe quem é.
Que sabe o que quer.
Que se move por objectivos definidos, claros, mas sempre flexíveis e ajustáveis.
De vez em quando percebemos que há pessoas especiais, que temos tanto a aprender com os outros, que a vida está cheia de belas e agradáveis surpresas e que quando menos se espera se vive assim, uma noite de fascínios.
sábado, junho 06, 2009
quinta-feira, maio 21, 2009
quarta-feira, maio 20, 2009
Aventuras… culinárias
Além da minha paixão cega pelo chocolate negro, não gosto particularmente de mais nenhum doce.
Minto….
Gosto, gosto até bastante de doces de maçapão, daqueles pequeninos do Algarve, ou dos bolos de aniversário cobertos por esta maravilha da doçaria sulista….Um destes dias aventurei-me na cozinha a preparar este doce. Ficou… mediano… mas mesmo assim não sobrou nada.
Maçapão
s. m.
Bolo redondo feito com amêndoas pisadas, farinha, ovos e açúcar
Fazer
500g de amêndoa ralada
250g de açúcar em pó
1 clara de ovo
Amassar tudo muito bem e deixar secar até a massa ficar boa para moldar, se assim se quiser podem usar-se corantes para dar cor e personalidade….
Depois é só pôr a mão na massa e deixar a imaginação viajar…
Além da minha paixão cega pelo chocolate negro, não gosto particularmente de mais nenhum doce.
Minto….
Gosto, gosto até bastante de doces de maçapão, daqueles pequeninos do Algarve, ou dos bolos de aniversário cobertos por esta maravilha da doçaria sulista….Um destes dias aventurei-me na cozinha a preparar este doce. Ficou… mediano… mas mesmo assim não sobrou nada.
Maçapão
s. m.
Bolo redondo feito com amêndoas pisadas, farinha, ovos e açúcar
Fazer
500g de amêndoa ralada
250g de açúcar em pó
1 clara de ovo
Amassar tudo muito bem e deixar secar até a massa ficar boa para moldar, se assim se quiser podem usar-se corantes para dar cor e personalidade….
Depois é só pôr a mão na massa e deixar a imaginação viajar…
terça-feira, maio 19, 2009
Brisa, cheiros, sol e memórias
Gosto de fins de tarde como hoje. Com uma brisa de norte em dias de sol e luz. Uma brisa fresca carregada de memórias.
A memória do cheiro a pão cozido da aldeia da minha avó.
O cheiro que o vento trazia do forno comunitário. Pão quente e lenha queimada, um cheiro morno e terno, como as mãos das mulheres que amassaram a farinha grossa. Cheiro a fim de tarde de férias, com a cozinha cheia de primos, as horas passadas na rua, sem regras, sem portas fechadas, sem horários. Um cheiro que adivinhava o chegar da noite, o lanche fora de horas, a ida à igreja para acender a vela de azeite. O silêncio do altar, a frescura dos cravos brancos. Um cheiro a infância e a muitos sonhos por sonhar. Um cheiro a bola de centeio quente com azeite e açúcar amarelo. Uma delícia.
Gosto de fins de tarde assim. Com uma brisa de Norte em dias de sol e luz. Uma brisa fresca carregada de memórias
A memória do cheiro de um dia na praia.
O cheiro da maresia e de pele quente e queimada. O cheiro do creme que espalho todos os dias, o cheiro da toalha lavada, que sinto, antes de me deitar depois de um mergulho, antes de fechar os olhos à espera de sentir o sol acariciar-me, enquanto paro o tempo.
Gosto de fins de tarde assim. Com uma brisa de Norte em dias de sol e luz. Uma brisa fresca carregada de memórias
A memória do cheiro de um passeio inesperado ao fim do dia, só porque sim, porque o Verão está a chegar e porque a vida passa devagar com sabor a bola de gelado de chocolate escuro, muito escuro.
Gosto de fins de tarde como hoje. Com uma brisa de norte em dias de sol e luz. Uma brisa fresca carregada de memórias.
A memória do cheiro a pão cozido da aldeia da minha avó.
O cheiro que o vento trazia do forno comunitário. Pão quente e lenha queimada, um cheiro morno e terno, como as mãos das mulheres que amassaram a farinha grossa. Cheiro a fim de tarde de férias, com a cozinha cheia de primos, as horas passadas na rua, sem regras, sem portas fechadas, sem horários. Um cheiro que adivinhava o chegar da noite, o lanche fora de horas, a ida à igreja para acender a vela de azeite. O silêncio do altar, a frescura dos cravos brancos. Um cheiro a infância e a muitos sonhos por sonhar. Um cheiro a bola de centeio quente com azeite e açúcar amarelo. Uma delícia.
Gosto de fins de tarde assim. Com uma brisa de Norte em dias de sol e luz. Uma brisa fresca carregada de memórias
A memória do cheiro de um dia na praia.
O cheiro da maresia e de pele quente e queimada. O cheiro do creme que espalho todos os dias, o cheiro da toalha lavada, que sinto, antes de me deitar depois de um mergulho, antes de fechar os olhos à espera de sentir o sol acariciar-me, enquanto paro o tempo.
Gosto de fins de tarde assim. Com uma brisa de Norte em dias de sol e luz. Uma brisa fresca carregada de memórias
A memória do cheiro de um passeio inesperado ao fim do dia, só porque sim, porque o Verão está a chegar e porque a vida passa devagar com sabor a bola de gelado de chocolate escuro, muito escuro.
quinta-feira, maio 14, 2009
Mudar
Mudar de rotinas, de hábitos, de sonhos, de ambições, de amizades, de expectativas, de desejos, de sorrisos, de caminhos, de fantasias, de músicas, de companhias, de conversas, de pertenças, de destinos, de porquês, de certezas, de dúvidas.
de alma…
e tudo isto voluntariamente, com um sorriso no coração e um brilho especial no olhar.
Porque a vida tem destas coisas, inesperadas, irreversíveis, improváveis, saborosas…
Mudar a vida devagar, com prazer, com novidade, com convicção, com serenidade.
E ser já outra depois ter sido quem fui. E ser com agrado quem quero ser.
Mudar de rotinas, de hábitos, de sonhos, de ambições, de amizades, de expectativas, de desejos, de sorrisos, de caminhos, de fantasias, de músicas, de companhias, de conversas, de pertenças, de destinos, de porquês, de certezas, de dúvidas.
de alma…
e tudo isto voluntariamente, com um sorriso no coração e um brilho especial no olhar.
Porque a vida tem destas coisas, inesperadas, irreversíveis, improváveis, saborosas…
Mudar a vida devagar, com prazer, com novidade, com convicção, com serenidade.
E ser já outra depois ter sido quem fui. E ser com agrado quem quero ser.
quarta-feira, maio 13, 2009
Parabéns mano
Há muitos anos, neste dia, fui ao hospital e vi um bebé pequenino que passou a ser parte do centro do meu mundo. Continua.
Há muitos anos, neste dia, fui ao hospital e vi um bebé pequenino que passou a ser parte do centro do meu mundo. Continua.